Presidente da Câmara diz que fala de Valcke merece 'chute de volta'
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MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), afirmou, nesta segunda-feira, que a declaração do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, merece "um chute de volta, daqui pra lá".
Na última sexta, o secretário abriu uma crise ao dizer que os organizadores da Copa do Mundo precisavam de um "chute no traseiro" .
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"Compreendemos a ansiedade da Fifa, mas o Brasil tem sua dinâmica e é um país democrático. Aqui não há nada imposto pelo governo, pelas entidades e muito menos por entidades de fora do país. Não vamos aceitar esse tipo de pressão, de comportamento inadequado. E se ele (Valcke) quis mesmo dizer isso faltou um pouco de educação lá atrás", disse Maia.
Silvia Izquierdo - 19.jan.2012/Associated Press |
Valcke escuta pergunta durante entrevista |
Além do presidente da Câmara, o deputado Renan Filho (PMDB-AL) também repudiou a declaração do secretário da Fifa nesta segunda-feira. Em nota, ele classificou a declaração dada por Valcke de "inconsequente, deselegante e de linguajar chulo".
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PC do B), também reagiu e hoje, em uma ação avalizada pelo Palácio do Planalto, deve enviar uma carta ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, oficializando o rompimento das relações com o secretário-geral da instituição e reprovando-o pelo "palavreado inaceitável" a respeito do Brasil.
Na nota divulgada hoje, Renan Filho reafirmou que o projeto da Lei Geral da Copa deve ser votado amanhã. Além dos pontos polêmicos, os deputados terão que votar novamente o texto principal para evitar contestações jurídicas futuras. O problema aconteceu na semana passada, quando o texto principal foi votado ao mesmo tempo de votações no plenário, o que é proibido pelas normas internas da Câmara.
Maia reafirmou que a proposta deve ser votada no plenário logo após a votação na comissão especial.
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