A prefeita, que trabalha para manter a aliança com as siglas da base, confirma reunião com Eunício nesta semana
A prefeita Luizianne Lins (PT) diz estar trabalhando para manter a aliança com partidos que hoje integram a base governista para o pleito de outubro. Nesta semana, conforme havia adiantado o Diário do Nordeste, ela se reúne com o senador Eunício Oliveira (PMDB) para discutir, além desse assunto, a participação do PMDB em seu governo. Luizianne também aguarda o contato do governador Cid (PSB) para tratar de sucessão na Capital e avisa que, caso a sigla opte por romper a aliança, é natural que o PT adote a postura de oposição à gestão estadual.
"O PT, não saindo junto ou não conseguindo manter a aliança (com o PSB), vai para a oposição ao Governo do Estado, o que seria até um processo natural. E aí vamos ter mais liberdade para colocar nossas divergências ao Governo", declarou Luizianne, em entrevista à TV Diário, na manhã de ontem, antes de ponderar que esse não é o objetivo principal do PT, mas também não é descartado pela legenda.
Argumentando que o alinhamento entre as siglas governistas é importante para o projeto político em curso em Fortaleza, Luizianne Lins voltou a defender a manutenção da aliança do PT com o PSB e o PMDB na Capital e disse esperar que, durante os debates, os aliados compreendam o momento político pelo qual a cidade está passando.
Afinados
"Estamos deixando uma cidade muito diferente em termos de obras, de infraestrutura e de autoestima da cidade e acredito que o fortalezense não vai querer recuar. Não tenho dúvida de que estamos no caminho certo, por isso é importante que os partidos estejam afinados", declarou a prefeita.
Nesse sentido, Luizianne confirmou o encontro com o senador Eunício Oliveira, que preside o PMDB no Estado, ainda nesta semana, em Brasília. "Isto é o que vamos tratar na reunião: a participação do PMDB no governo e se há interesse em continuar a aliança com o PT na Capital", informou.
A participação do PMDB na administração de Luizianne Lins tem sido alvo de reclamações e críticas de peemedebistas tanto na Câmara Municipal quanto na Assembleia. O deputado Carlomano Marques (PMDB) chegou a declarar que o presidente Fernando Bezerra não representaria o PMDB na AMC, embora o gestor tenha sido indicado ao cargo por Eunício.
Impasse
Diante do impasse, a prefeita disse que conversará com Eunício para saber se o PMDB se sente ou não representado pelos nomes que indicou para compor a sua administração: Patrícia Aguiar para a Secretaria de Turismo e Fernando Bezerra para a AMC. Na ocasião, Luizianne teceu elogios aos dois gestores, mas deixou claro que a permanência deles no seu governo dependerá da conversa com o PMDB.
"Fernando Bezerra é excelente técnico. Inclusive, pode continuar no governo. Agora, a pergunta que vou fazer à direção do PMDB é se ele se sente representado pelo nome que indicou, daí vamos fazer toda a discussão. Porque se não tiver (representado), eu absolvo o Fernando Bezerra, e a gente pode voltar a discutir um nome do PMDB pra presidir a AMC", declarou.
Luizianne explicou que a participação do PMDB na sua administração existe desde a composição de 2008, quando foi reeleita prefeita de Fortaleza. "O PMDB, naquele momento, já demonstrou interesse de indicar nomes para a composição, uma indicação de que estava fazendo parte do governo", acrescentou.
A prefeita não descartou a possibilidade de oferecer novas pastas à sigla aliada, mas ressaltou que pretende descobrir onde, de fato, o PMDB não se sente representado em sua gestão.
"Certamente nós vamos conversar, porque não é o troca-troca do cargo em si, mas é principalmente o partido se sentir parte do projeto político. É uma coisa mais consistente do que ter uma secretaria. Mas vou colocar para o PMDB a disponibilidade, a disposição, de eles continuarem no governo", afirmou.
Autonomia
Sobre os diálogos com o PSB em Fortaleza, Luizianne disse ter uma relação "muito boa" e "respeitosa" com o governador Cid Gomes, mas lamentou que muitas vezes o "entorno não ajuda muito" nos debates políticos, em referência aos correligionários de Cid que trabalham por uma candidatura própria na Capital.
Questionada sobre a articulação que o ex-deputado Ciro Gomes vem fazendo nesse sentido, a prefeita Luizianne disse que Cid demonstrado autonomia sobre suas ações e, embora não seja "tão falante" como o irmão Ciro, ela espera que o governador consiga manter essa autonomia do ponto de vista político.
A prefeita disse esperar ainda que o governador Cid Gomes tenha clareza sobre a importância de ter o PT aliado em Fortaleza, alegando que o rompimento de uma aliança não é simplesmente algo burocrático, podendo significar também o rompimento de uma relação política e o início de um novo projeto. "É importante saber que não é só fim de aliança, mas início de um projeto político diferenciado na relação do PT e mesmo da Prefeitura com o Governo do Estado", ressaltou Luizianne.
Sincera
Em contrapartida, a prefeita afirmou que a relação dela com o Cid Gomes é "diferenciada" e "sincera", a ponto de algumas vezes ela divergir do governador publicamente, citando o caso do estaleiro no Titanzinho. Luizianne explicou que, por uma questão de aliança, o deputado Antônio Carlos, que é "bem próximo dela", está na liderança do Governo do Estado na Assembleia.
"A situação dele não é nada confortável, mas ele está segurando a onda. Está fazendo a defesa do Governo, e isso tem que ser considerado", defendeu, após ser indagada se as divergências que ela admitiu que o PT tem sobre a gestão Cid estariam ficando caladas no Legislativo.
Luizianne Lins voltou a dizer ainda que não se pode desprezar o processo de debate interno do PT sobre o nome que disputará a Prefeitura de Fortaleza, que, segundo ela, começou há um ano e meio. "O PT tem um processo democrático próprio. E aí depois podemos até negociar. O governador vai ter uma importância na decisão de nome", afirmou.
Sobre uma possível candidatura de Pimentel, o que desagradaria o governador, Luizianne lembrou que o nome do senador não está entre os cinco pré-candidatos do PT, mas que se trata de uma alternativa caso a aliança não seja mantida. "No caso de rompimento, iria com uma candidatura forte que é a do Pimentel. E quero deixar claro que Cid disse algo interessante, de que não há veto a nenhum nome do PT. Espero continuar com esse diálogo", declarou Luizianne.
A prefeita Luizianne Lins (PT) diz estar trabalhando para manter a aliança com partidos que hoje integram a base governista para o pleito de outubro. Nesta semana, conforme havia adiantado o Diário do Nordeste, ela se reúne com o senador Eunício Oliveira (PMDB) para discutir, além desse assunto, a participação do PMDB em seu governo. Luizianne também aguarda o contato do governador Cid (PSB) para tratar de sucessão na Capital e avisa que, caso a sigla opte por romper a aliança, é natural que o PT adote a postura de oposição à gestão estadual.
"O PT, não saindo junto ou não conseguindo manter a aliança (com o PSB), vai para a oposição ao Governo do Estado, o que seria até um processo natural. E aí vamos ter mais liberdade para colocar nossas divergências ao Governo", declarou Luizianne, em entrevista à TV Diário, na manhã de ontem, antes de ponderar que esse não é o objetivo principal do PT, mas também não é descartado pela legenda.
Argumentando que o alinhamento entre as siglas governistas é importante para o projeto político em curso em Fortaleza, Luizianne Lins voltou a defender a manutenção da aliança do PT com o PSB e o PMDB na Capital e disse esperar que, durante os debates, os aliados compreendam o momento político pelo qual a cidade está passando.
Afinados
"Estamos deixando uma cidade muito diferente em termos de obras, de infraestrutura e de autoestima da cidade e acredito que o fortalezense não vai querer recuar. Não tenho dúvida de que estamos no caminho certo, por isso é importante que os partidos estejam afinados", declarou a prefeita.
Nesse sentido, Luizianne confirmou o encontro com o senador Eunício Oliveira, que preside o PMDB no Estado, ainda nesta semana, em Brasília. "Isto é o que vamos tratar na reunião: a participação do PMDB no governo e se há interesse em continuar a aliança com o PT na Capital", informou.
A participação do PMDB na administração de Luizianne Lins tem sido alvo de reclamações e críticas de peemedebistas tanto na Câmara Municipal quanto na Assembleia. O deputado Carlomano Marques (PMDB) chegou a declarar que o presidente Fernando Bezerra não representaria o PMDB na AMC, embora o gestor tenha sido indicado ao cargo por Eunício.
Impasse
Diante do impasse, a prefeita disse que conversará com Eunício para saber se o PMDB se sente ou não representado pelos nomes que indicou para compor a sua administração: Patrícia Aguiar para a Secretaria de Turismo e Fernando Bezerra para a AMC. Na ocasião, Luizianne teceu elogios aos dois gestores, mas deixou claro que a permanência deles no seu governo dependerá da conversa com o PMDB.
"Fernando Bezerra é excelente técnico. Inclusive, pode continuar no governo. Agora, a pergunta que vou fazer à direção do PMDB é se ele se sente representado pelo nome que indicou, daí vamos fazer toda a discussão. Porque se não tiver (representado), eu absolvo o Fernando Bezerra, e a gente pode voltar a discutir um nome do PMDB pra presidir a AMC", declarou.
Luizianne explicou que a participação do PMDB na sua administração existe desde a composição de 2008, quando foi reeleita prefeita de Fortaleza. "O PMDB, naquele momento, já demonstrou interesse de indicar nomes para a composição, uma indicação de que estava fazendo parte do governo", acrescentou.
A prefeita não descartou a possibilidade de oferecer novas pastas à sigla aliada, mas ressaltou que pretende descobrir onde, de fato, o PMDB não se sente representado em sua gestão.
"Certamente nós vamos conversar, porque não é o troca-troca do cargo em si, mas é principalmente o partido se sentir parte do projeto político. É uma coisa mais consistente do que ter uma secretaria. Mas vou colocar para o PMDB a disponibilidade, a disposição, de eles continuarem no governo", afirmou.
Autonomia
Sobre os diálogos com o PSB em Fortaleza, Luizianne disse ter uma relação "muito boa" e "respeitosa" com o governador Cid Gomes, mas lamentou que muitas vezes o "entorno não ajuda muito" nos debates políticos, em referência aos correligionários de Cid que trabalham por uma candidatura própria na Capital.
Questionada sobre a articulação que o ex-deputado Ciro Gomes vem fazendo nesse sentido, a prefeita Luizianne disse que Cid demonstrado autonomia sobre suas ações e, embora não seja "tão falante" como o irmão Ciro, ela espera que o governador consiga manter essa autonomia do ponto de vista político.
A prefeita disse esperar ainda que o governador Cid Gomes tenha clareza sobre a importância de ter o PT aliado em Fortaleza, alegando que o rompimento de uma aliança não é simplesmente algo burocrático, podendo significar também o rompimento de uma relação política e o início de um novo projeto. "É importante saber que não é só fim de aliança, mas início de um projeto político diferenciado na relação do PT e mesmo da Prefeitura com o Governo do Estado", ressaltou Luizianne.
Sincera
Em contrapartida, a prefeita afirmou que a relação dela com o Cid Gomes é "diferenciada" e "sincera", a ponto de algumas vezes ela divergir do governador publicamente, citando o caso do estaleiro no Titanzinho. Luizianne explicou que, por uma questão de aliança, o deputado Antônio Carlos, que é "bem próximo dela", está na liderança do Governo do Estado na Assembleia.
"A situação dele não é nada confortável, mas ele está segurando a onda. Está fazendo a defesa do Governo, e isso tem que ser considerado", defendeu, após ser indagada se as divergências que ela admitiu que o PT tem sobre a gestão Cid estariam ficando caladas no Legislativo.
Luizianne Lins voltou a dizer ainda que não se pode desprezar o processo de debate interno do PT sobre o nome que disputará a Prefeitura de Fortaleza, que, segundo ela, começou há um ano e meio. "O PT tem um processo democrático próprio. E aí depois podemos até negociar. O governador vai ter uma importância na decisão de nome", afirmou.
Sobre uma possível candidatura de Pimentel, o que desagradaria o governador, Luizianne lembrou que o nome do senador não está entre os cinco pré-candidatos do PT, mas que se trata de uma alternativa caso a aliança não seja mantida. "No caso de rompimento, iria com uma candidatura forte que é a do Pimentel. E quero deixar claro que Cid disse algo interessante, de que não há veto a nenhum nome do PT. Espero continuar com esse diálogo", declarou Luizianne.
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