O corregedor do Senado, Vital do Rego (PMDB-PB), disse nesta terça-feira que a situação do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é "preocupante", mas descarta por enquanto solicitar abertura de processo contra o parlamentar no Conselho de Ética do Senado.
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"A situação é preocupante, a gente tem um parlamentar que admiramos e respeitamos, e que precisa se explicar. Mas a Corregedoria só se manifestará sobre ela quando receber os elementos solicitados à Procuradoria Geral da República", disse.
Rego pediu oficialmente hoje à Procuradoria para encaminhar ao Senado cópia do inquérito sobre o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira --amigo de Demóstenes, de quem o parlamentar recebeu um celular habilitado para conversas exclusivas entre os dois.
Depois de receber os documentos, o corregedor disse que vai consultar a advocacia do Senado para decidir que medidas serão tomadas.
"As informações chegando ao meu conhecimento, vou me reunir com a advocacia do Senado e a consultoria e vamos nos debruçar sobre essas informações. Vamos definir que providências tomar. Tudo isso está hoje no meio de incertezas porque a Procuradoria não nos mandou ainda."
O corregedor é um dos membros do Conselho de Ética do Senado, órgão responsável por investigar a conduta ética dos parlamentares. O conselho, porém, está sem comando --já que o último presidente eleito, senador João Almeida (PMDB-MA), está licenciado do cargo. Para se reunir, o conselho terá que eleger o novo presidente. Cabe ao conselho estabelecer punições aos parlamentares que variam de advertência à perda do mandato.
Demóstenes pediu nesta terça-feira para deixar a liderança do DEM no Senado. Em meio às denúncias de ligação com o empresário, ele enviou carta para o presidente do partido, senador José Agripino (DEM-RN), formalizando o pedido para se afastar da liderança.
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