segunda-feira, 12 de março de 2012

Estado de saúde de mulheres diagnosticadas com gripe A é considerado gravíssimo

Diego Borges | 14h09m | 11.03.2012

Ambas as pacientes estão internadas na Maternidade Escola Assis Chateubriand
MIGUEL PORTELA
O quadro clínico das duas mulheres diagnosticadas com gripe H1N1 no Ceará evoluiu e é considerado gravíssimo. A informação é de um funcionário da Maternidade Escola Assis Chateaubriand que não quis identificar-se. Conforme o profissional de saúde, as famílias já estão cientes do estado de saúde das pacientes, que estavam grávidas. As mulheres estão internadas na UTI da unidade. 
Ambos os casos foram confirmados ainda na noite deste sábado, 10, pelo diretor do hospital, Carlos Augusto Alencar Júnior. Uma das pacientes mora no município de Beberibe, e a outra é do Bairro Jangurussu, na Capital cearense.
A paciente advinda do Litoral Leste foi submetida a um parto, e o bebê está internado na UTI Neonatal. Já a criança da outra paciente não resistiu. A insuficiência respiratória está entre os sintomas apresentados pelas enfermas.
A Secretaria de Saúde de Beberibe já foi notificada e dispõe do medicamento Tamiflu para tratar novos pacientes. Nenhum outro caso da gripe H1N1 foi diagnosticado no município, nem em Fortaleza, até o momento.
Tratam-se das primeiras ocorrências de gripe A diagnosticadas no Ceará em 2012. No fim do ano passado, o município de Pedra Branca sofreu com um surto da doença, levando medo e desinformação aos moradores.
A Organização Mundial de Saúde  (OMS) alertou que o vírus H1N1 – 2009 pode ter se tornado mais um vírus de influenza de comportamento sazonal. Ou seja, o agente infeccioso se espalha com maior velocidade em determinados períodos e locais, provocando surtos ou epidemias, e recua em outros.
Sintomas
Os sintomas em adultos, geralmente, são febre superior a 38ºC; tosse; dificuldade de respirar; manifestações gastrointestinais (diarreia, vômito, etc); aumento de frequência respiratória; hipotensão (pressão baixa ou menor que a habitual do paciente); calafrios; cefaleia (dor de cabeça); mialgia (dor nos músculos); dor de garganta; artralgia (dores nas articulações); fadiga (cansaço, principalmente em idosos) e rouquidão.
As crianças podem sofrer com batimentos da asa de nariz (movimento de abrir e fechar das narinas); cianose (pele fica azul-arroxeada); tiragem intercostal (retração dos espaços entre costelas e ossos das costas durante a inspiração); desidratação e falta de apetite.
Prevenção
Para se prevenir, é necessário fazer higienização das mãos após tossir, espirrar, usar o banheiro, comer, etc; evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com objetos e superfícies; usar lenço de papel descartável; evitar aglomerações e ambientes fechados, principalmente em períodos ou regiões com surtos da doença; ter alimentação balanceada; ingerir muito líquido; fazer atividades físicas e vacinar-se.
No grupo de risco, estão crianças com menos de 2 anos; idosos com mais de 60 anos; grávidas; mulheres até duas semanas após o parto; mulheres amamentando; pessoas com doenças respiratórias, cardíacas, nos rins, no fígado, no sangue ou no metabolismo (incluindo diabetes e obesidade); portadores de síndromes genéticas e de transtornos que podem comprometer a função respiratória; pessoas com doenças ligadas à perda ou redução da imunidade (incluindo a Aids); e pessoas com menos de 18 anos medicadas por longo período com Ácido Acetilsalicílico (AAS).

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