Pela segunda vez em menos de três horas, a avenida Paulista foi palco de um protesto nesta quinta feira. Policiais militares da reserva, investigadores da Polícia Civil e agente penitenciários marcham pela avenida e bloqueiam o tráfego nos dois sentidos.
O grupo pretende chegar ao vão livre do Masp, onde fará um protesto.
Mais cedo, uma manifestação de bancários e metalúrgicos interditou uma faixa da Paulista.
Agora, o ato é composto por cerca de 300 policiais civis e militares da reserva, além de agentes penitenciários. Policiais militares são proibidos de fazer greves e manifestações e, por isso, muitas vezes são representados por familiares e policiais da reserva.
Afonso Benites/Folhapress | ||
Policiais civis, militares da reserva e agentes penitenciários fazem protesto na tarde desta quinta-feira centro de São Paulo |
Durante a manhã, os manifestantes participaram de uma assembleia na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, na Liberdade, centro da cidade.
Eles reivindicam: reajuste dos salários das categorias, redução da quantidade de carreiras na Polícia Civil, contratação de mais agentes penitenciários e diminuição na lotação das cadeias.
Durante a assembleia, o deputado estadual Olímpio Gomes (PDT), major da reserva da PM, afirmou que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) quer receber o grupo ainda hoje.
No entanto, os policiais e agentes rechaçaram a ideia. Eles alegam que o convite é uma estratégia para "desmobilizar o movimento".
"Conseguimos uma vitória. Tivemos a sinalização que seremos recebidos. Agora, eles [governo] precisam atender às reivindicações", disse João Batista Rebouças, presidente do Sindicato dos Investigadores do Estado de São Paulo.
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