O ex-governador Lúcio Alcântara diz que prefere deixar a política a unir-se aos irmãos Ferreira Gomes. Em entrevista ao radialista Evandro Nogueira, no quadro Sem Pauta deste sábado (20), Lúcio afirmou ter uma discordância de ordem “moral e ética” no que diz respeito a Ciro e Cid. “Eu discordo totalmente dos métodos que eles usam na política, da maneira como eles são e agem. Eu não teria a menor possibilidade de estar junto no palanque com eles. Estou fora até da política. É preciso ter coerência.”, disse o ex-governador.
Lúcio criticou as medidas do governador Cid Gomes em relação à segurança pública e classificou como pretensiosas as promessas feitas pelo atual gestor estadual durante a campanha de 2006. Segundo Lúcio, o quadro de insegurança do governo Cid é muito pior do que o de seu antigo mandato. “O que eu critico no atual governo é que, na eleição de 2006, ele [Cid] disse que ia acabar com a violência. Olha a pretensão. Eu nunca prometi isso porque sabia que não era assim. Todo mundo sabe que o problema da segurança não é fácil. Ou ele sabia que não ia resolver o problema e disse que ia para enganar o povo, ou ele era um despreparado”, declarou o ex-governador.
Durante a entrevista, Lúcio ainda lembrou da campanha de 2006, em que perdeu o apoio fundamental do então presidente da executiva nacional do PSDB, Tasso Jereissati. Na época, o ex-governador rompeu com Tasso porque não quis abrir mão da reeleição para Cid Gomes. “Tasso Jereissati ficou contra mim, apoiou o meu opositor. Ele poderia ter dito para mim, com antecedência, que não daria mais para eu ser candidato e não querer botar a faca na minha garganta, na última hora. Foi feita uma coisa traiçoeira.”, criticou Lúcio que, no entanto, diz não guardar mágoa do acontecimento. “Não tenho ressentimento. Estou dizendo isso porque é um registro histórico, mas não tenho mágoa.”, completou
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