quinta-feira, 4 de julho de 2013

Após golpe, Justiça do Egito ordena prisão de líder da Irmandade

 Um promotor egípcio ordenou nesta quinta-feira, 4, a prisão do líder da Irmandade Muçulmana, ampliando a repressão contra o movimento islâmico depois do golpe militar que depôs o primeiro presidente eleito livremente na história do país, Mohamed Morsi.
Adli Mansour é empossado no Egito - Amr Abdallah Dalsh/Reuters
Amr Abdallah Dalsh/Reuters
Adli Mansour é empossado no Egito
Além disso, autoridades judiciais abriram uma investigação sobre as acusações de que Morsi e outros 15 islâmicos insultaram o judiciário, informou o juiz Tharwat Hammad. Com a investigação, o presidente deposto fica proibido de sair do Egito.
Nesta quinta, Adli Mansour foi empossado como presidente interino e prometeu buscar a conciliação com a Irmandade. "A Irmandade Muçulmana é parte deste povo e está convidada a participar da construção da nação, já que ninguém será excluído, e se eles responderem ao convite serão bem-vindos."
Saad el-Katatni, líder do Partido Liberdade e Justiça, e Rashad Bayoumi, um dos vice-diretores da Irmandade Muçulmana foram presos pelas Forças Armadas, que também proibiram líderes do alto escalão da organização de deixarem o país.
A dramática queda de Morsi, após um ano no governo, marca outra reviravolta na crise que envolve a mais populosa nação árabe desde a revolução popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak, em 2011. Durante a madrugada, houve comemoração na praça Tahrir pelaa deposição de Morsi.
Repercussão. A ONU, os Estados Unidos e outras potências mundiais não classificaram a derrubada de Morsi como sendo um golpe militar porque isso poderia desencadear sanções.   O golpe militar teve o apoio de milhões de egípcios, incluindo líderes liberais e personalidades religiosas que esperam a convocação de novas eleições, sob regras revisadas. A Constituição elaborada em novembro pelo Parlamento de maioria islâmica foi suspensa. / REUTERS 

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