Mano domou Neymar e deu Brasil
Mano Menezes domou Neymar. O fez parar de tentar se exibir. E jogando pelo time, decidiu a difícil partida contra a Bielorússia. Foi sensacional…
Neymar jogou para o time e decidiu a partida para o Brasil.
Com um cruzamento da intermediária, descobriu Pato livre para marcar.
E a estrela brasileira marcou o gol, de virada, ao enganar o ótimo goleiro Gutor.
Ainda mostrou seu talento diferenciado, tocando de calcanhar para Oscar marcar 3 a 1.
Atuação impecável.
Mano Menezes queria ganhar o jogo e rapidamente.
Já decidir o grupo C e poupar atletas contra a Nova Zelândia, na quarta-feira.
Sabia que a Bielorússia viria com uma marcação fortíssima.
Com duas linhas espremidas.
A primeira com cinco jogadores, com direito a líbero.
Outra com quatro.
E apenas um atacante.
Mano havia se cansado da lentidão e falta de conviçção de Leandro Damião.
Apostou em Alexandre Pato.
Mesmo com o atacante do Milan não treinando bem.
Mas pelo menos ele acreditou que o time teria maior movimentação no ataque.
Conversou com Neymar para que ele parasse de tentar decidir a partida sozinho.
A estrela brasileira continuaria livre para corre por todo o setor do ataque.
O técnico também alertou Sandro e Rômulo da necessidade de fechar a entrada da área.
E assim começou a partida, com os brasileiros tentando tocar a bola, só que não conseguiam.
A mesma armadilha que o México usou nos Estados Unidos estava dando certo para os europeus.
E veio o surpreendente gol da Bielorússia.
O brasileiro naturalizado Bressan se aproveitou do defeito crônico da zaga formada por Thiago Silva e Juan: o fato de jogarem distantes.
Ele se infiltrou e de cabeça mandou de cabeça para as redes de Neto.
O gol aos sete minutos enervou o time e Mano.
O técnico ficou em pé reclamando da marcação, da facilidade que Bressan teve para cabecear.
A Seleção começou a forçar cruzamentos da intermediária e fecilitando o trabalho dos altos zagueiros adversários.
Só que eles não esperavam que um desses cruzamentos viessem justo de Neymar.
Esperavam que fosse forçar o drible e ele foi esperto.
Viu a entrada em diagonal de Pato e a bola acabou certeira para a cabeçada.
O Brasil empatava a partida aos 14 minutos.
A partir daí, o que se esperava aconteceu.
O Brasil tentou adiantar seu meio de campo para virar o jogo.
E a Bielorússia não saiu mais da sua formação de botão.
As duas linhas de marcação estáticas continuaram.
E Oscar não estava em um grande dia, como na partida de abertura.
Acabou como Neymatr também encalacrado, sem espaço.
Mano pedia mais rapidez, agilidade.
Para furar um bloqueio tão intenso é ncessário o apoio constante dos laterais.
Rafael e Marcelo estavam também travados, centralizavam as jogadas.
E o tempo passando rápido.
O que deveria ser uma vitória fácil, contra um adversário fraco, esbarrava na estratégia.
Os brasileiros não tinham espaço para impor sua maior habilidade.
No segundo tempo, Mano pediu algo óbvio.
Se estava tão difícil penetrar, o melhor era chutar de fora da área.
Marcelo e Oscar obrigaram Gutor a fazer grandes defesas.
A Seleção adiantou ainda mais a sua marcação..
Queria a vitória.
Mano Menezes fez uma substituição corajosa.
Percebeu que não adiantaria manter dois volantes de marcação.
E tirou Sandro.
Colocou Ganso para tentar ajudar a furar a retranca.
Mas não foi preciso nem colocar à prova a troca.
Neymar sofreu uma falta no na intermediária pelo lado direito.
Ele mesmo resolveu cobrar.
Bola parada é algo que tem treinado muito.
E enganou completamente Gutos.
O brasileiro foi matreiro.
Cobrou no canto do goleiro e não por cima da barreira, como ele esperava.
Virada brasileira aos 19 minutos do segundo tempo.
O gol trouxe alívio imediato ao time brasileiro.
E nervosismo aos europeus.
Com a vantagem, o time passou a tocar a bola, com mais paciência.
Nem perdendo o jogo, a Bielorússia tinha coragem de atacar.
Esperava apenas um descuido brasileiro.
Mas Mano segurou Rômulo e pediu para os dois laterais, principalmente Rafael não descer mais ao ataque.
Algo que era muito nítido era a mudança de postura de Neymar.
Ele já não matava mais tantos contragolpes brasileiros buscando dribles inúteis.
Ele aprendeu que não adianta forcar contra duas linhas de marcação.
O melhor é mesmo tocar a bola e abrir espaço.
Seu futebol se tornou muito mais efetivo.
E nem por isso, seu talento foi tolhido.
No último minuto de jogo, ele mostrou porque é jogador brasileiro mais talentoso.
Depois de uma arrancada empolgante, deixou Oscar livre para marcar com um toque de calcanhar.
O chute do meia foi forte, fulminante: 3 a 1 Brasil.
Com a vitória, o Brasil já está classificado para as quartas-de-final da Olimpíada.
Mano terá agora pela frente o adversário mais fraco do grupo, a Nova Zelândia, na quarta, em Newcastle.
O treinador poderá até poupar quem desejar, como Neymar.
Mas é algo bem improvável.
Agora que o atacante descobriu como até o seu futebol cresce jogando para o time, não vai querer ficar de fora.
E não deve.
A Seleção Brasileira precisa de Neymar cada vez mais para sua luta pela inédita medalha de ouro.
A vitória aqui em Manchester foi marcante, importante do Brasil.
Para Mano que domou Neymar.
E fez a Seleção finalmente mostrar uma partida empolgante...
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