GOVERNADOR CID GOMES JÁ ADMITE DEIXAR O PSB ALEGANDO GESTOS DE HOSTILIDADES

Cid disse que já teve certeza de ficar no PSB, mas agora admite sair

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O governador do Ceará, Cid Gomes, admitiu abertamente a possibilidade de deixar o PSB. Em entrevista ao portal IG, divulgada ontem, o governador, que é presidente estadual da sigla, afirmou que deve se reunir com aliados para tomar a decisão. “Eu já tive a certeza de ficar, mas estou vendo gestos de hostilidade. Diante disso, eu pretendo compartilhar com outras pessoas essa sensação, para decidir o que fazer”, afirmou.

Cid Gomes não atribuiu a hostilidade ao presidente nacional da sigla, o  governador de Pernambuco, Eduardo Campos. “Não acredito que ele teve essa coragem”, resumiu. Indagado, sobre quais foram as hostilidades, Cid respondeu: “Você não viu a comissão no Rio de Janeiro na semana passada?”.

Na última quinta-feira, comissão organizada pela direção nacional do PSB, no Rio de Janeiro, fez convite de filiação à ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, presidente do PT cearense, desafeto de Cid. O grupo foi liderado pelo ex-deputado Sérgio Novais, também desafeto do governador. Na sexta, Luizianne disse que estuda o convite.

Pros

Ainda ao IG, Cid afirmou que tem conversado com outros deputados, de outros partidos, que estão querendo mudar de sigla. “Sugeri o Pros (Partido Republicano da Ordem Social) por entender que será menos traumático”, disse. “São deputados estaduais e federais. Não são do PSB. São deputados de partidos como o PRB, PPN, PSD e PR”, completou. O Pros busca se oficializar nos próximos dias, a tempo de lançar candidaturas para as eleições de 2014. Já nasce aliado à presidente Dilma Rousseff (PT).

Questionado sobre conversa com Dilma a respeito da intenção de indicar um nome do Pros para substituir Leônidas Cristino (PSB) na Secretaria dos Portos, Cid desconversou. “Se eu admitisse essa intenção, eu teria que admitir que houve esse encontro”, disse. Sobre se teria havido ou não tal conversa, ele se esquivou: “Você está dizendo”. E acrescentou que nunca teve interesse em indicar ninguém. “A nomeação do Leônidas ocorreu porque a presidente queria um nome do Ceará”.