As especulações de que o atual secretario estadual da Saúde, Ciro Gomes (PROS), poderá assumir um ministério ainda no atual Governo da presidente Dilma Rousseff (PT) ganharam força após a presidente abrir seu discurso, na solenidade da manhã de ontem, no Centro de Fortaleza, com elogios diferenciados ao ex-ministro da Integração Nacional.
Depois de ser chamado de Antônio, o prefeito Roberto Cláudio troca afagos com a presidente Dilma Rousseff, em evento no Centro de Fortaleza FOTO: BRUNO GOMES
"Vejo Ciro como um homem de coragem, um homem de perseverança e um excelente gestor. Ele é, sobretudo, um homem de imensa dignidade e íntegro. Mesmo que ele não seja extremamente doce, ele é, de fato, uma pessoa de muito bom coração. Para mim, ele sempre será isso", ressaltou a presidente que depois fez cumprimentos protocolares aos demais integrantes do palco central, dentre eles o presidente da Assembleia Legislativa, José Albuquerque, o vice-governador Domingos Filho, ministros, senadores, deputados federais, o prefeito da Capital, Roberto Cláudio, presidente da Câmara Municipal, Walter Cavalcante, e secretários.
O governador Cid Gomes já havia informado, ontem, que não vai interferir na decisão da presidente em levar algum representante de seu governo para assumir determinada pasta do Governo Federal, mas reconheceu que a presença de um cearense atrairia ainda mais investimentos para o Estado.
A quarta visita da presidente Dilma Rousseff ao Ceará somente neste ano atraiu toda a base de apoio do Governo Federal e Estadual. A presença dela no Estado fez os três senadores cearenses, quase todos os deputados federais da bancada do Ceará na Câmara, deputados estaduais ligados ao PT e ao PROS, secretários estaduais e municipais, vereadores da base de apoio do prefeito Roberto Cláudio e até um ex- integrante do PSDB, Carlos Dutra (PROS), comparecerem à solenidade realizada em uma das estações do metrô no Centro.
Retorno
A presidente encerrou sua visita ao Ceará no fim da tarde, após o almoço no Palácio da Abolição com a presença dos ministros que a acompanhavam, o ex-ministro Leônidas Cristino, Ciro Gomes, o vice-governador Domingos Filho e o deputado federal Domingos Neto, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e o presidente da Assembleia, deputado José Albuquerque.
Antes, a programação relacionava o almoço para apenas ela, o governador Cid Gomes e o ex-ministro Ciro Gomes. Por conta da quantidade de pessoas participantes da mesa, as conversas sobre política ficaram para a próxima viagem de Cid e Ciro a Brasília, proximamente.
O evento no Centro de Fortaleza, no fim da manhã de ontem, onde a presidente, em mais uma oportunidade, trocou o nome do prefeito Roberto Cláudio por Antônio Cláudio, gerando um certo constrangimento momentâneo, também chamou a atenção para os riscos apontados pela oposição, no Ceará, de que essas solenidades realizadas para o anúncio de investimentos podem ser transformadas em palco para a pré-campanha eleitoral. Em um dos momentos do discurso do governador Cid Gomes, por exemplo, ele assegurou a Dilma Rousseff que, diante de todos os investimentos, o povo cearense sempre irá dar apoio à presidente. "É por essa atenção ao Ceará que o povo cearense sempre lhe dará apoio e carinho", garantiu o governador.
Esforços
Da comitiva oficial da presidente, incluindo os três senadores: Eunício Oliveira (PMDB), Inácio Arruda (PCdoB) e José Pimentel (PT), quase todos evitaram comentar sobre consequências políticas e eleitorais da visita. Os que se dispuseram a falar rebateram as críticas feitas pela oposição, apesar de reconhecerem que a nova visita da presidente simboliza uma atenção especial que o Governo Federal dá ao Ceará, devido aos esforços do governador Cid Gomes em permanecer na base de apoio dela para as eleições do próximo ano.
O deputado federal André Figueiredo (PDT) destacou que essa preocupação de que o evento poderia ter assumido um caráter eleitoral é desnecessária na medida em que os investimentos anunciados são, segundo ele, importantes para o futuro do Ceará. "Acho que, quando uma presidente vem ao Estado, é uma demonstração clara que ela quer trabalhar e, quando se traz investimentos, todas visitas são importantes para o Estado independentemente de ter caráter eleitoral ou não", avaliou.
O deputado estadual Dedé Teixeira (PT) classificou esses questionamentos da oposição como naturais, mas acredita que a presidente Dilma Rousseff não pode deixar de trabalhar por causa dos riscos de que determinadas ações dela repercutam nas eleições de 2014.
"Num processo de política eleitoral, é natural que a presidente candidato à reeleição seja questionado por isso, pois qualquer iniciativa dela vai repercutir em 2014. Agora, essas obras de mobilidade urbana anunciadas são fundamentais para o futuro dessa cidade. Por mais que a oposição chore, é verdade também que a presidente tem que governar", alegou Dedé.
O líder do prefeito Roberto Cláudio na Câmara Municipal, Evaldo Lima (PCdoB), enfatizou que outros pré-candidatos à Presidência da República também realizam trabalhos políticos de visitação a outros estados, mas ninguém questiona essas ações. "Acredito que os nomes da oposição mais claramente colocados como candidatos à presidência da República, como Aécio Neves e Eduardo Campos, fazem seu trabalho político de visitação a estados e isso não é levado em pauta", comparou o vereador.
Investimentos
Apesar de todos rechaçarem influências das eleições de 2014 durante o evento, Evaldo Lima foi um dos que considerou a visita da presidente como consolidação de um arco de alianças importante para o pleito do próximo ano. Ele negou, porém, que isso significa o início da pré-campanha.
"Acredito que a presidente estabeleceu o Ceará como prioridade nacional de investimentos. A presença da Dilma consolida um arco de alianças que a gente está tentando construir. A presidente cumpre uma liturgia de trabalho e, simultaneamente, a gente não pode esquece que ela também é uma articuladora política. Não acredito que exista nenhuma contradição", defendeu.
O deputado federal Mauro Benevides (PMDB) também pontuou que a visita da presidente não tem cunho eleitoral. Para ele, a visita dela é uma resposta a toda movimentação feita por Cid Gomes para apoiar sua reeleição. "A presença da presidente significa uma resposta às manifestações sucessivas de apoio do governador Cid Gomes à possível candidatura dela em 2014", lembrou. O vereador Carlos Dutra (PROS), que saiu recentemente do PSDB, também descartou qualquer influência eleitoral ao dizer que a visita da presidente tinha o objetivo de trazer benefícios para Fortaleza.
Depois de ser chamado de Antônio, o prefeito Roberto Cláudio troca afagos com a presidente Dilma Rousseff, em evento no Centro de Fortaleza FOTO: BRUNO GOMES
"Vejo Ciro como um homem de coragem, um homem de perseverança e um excelente gestor. Ele é, sobretudo, um homem de imensa dignidade e íntegro. Mesmo que ele não seja extremamente doce, ele é, de fato, uma pessoa de muito bom coração. Para mim, ele sempre será isso", ressaltou a presidente que depois fez cumprimentos protocolares aos demais integrantes do palco central, dentre eles o presidente da Assembleia Legislativa, José Albuquerque, o vice-governador Domingos Filho, ministros, senadores, deputados federais, o prefeito da Capital, Roberto Cláudio, presidente da Câmara Municipal, Walter Cavalcante, e secretários.
O governador Cid Gomes já havia informado, ontem, que não vai interferir na decisão da presidente em levar algum representante de seu governo para assumir determinada pasta do Governo Federal, mas reconheceu que a presença de um cearense atrairia ainda mais investimentos para o Estado.
A quarta visita da presidente Dilma Rousseff ao Ceará somente neste ano atraiu toda a base de apoio do Governo Federal e Estadual. A presença dela no Estado fez os três senadores cearenses, quase todos os deputados federais da bancada do Ceará na Câmara, deputados estaduais ligados ao PT e ao PROS, secretários estaduais e municipais, vereadores da base de apoio do prefeito Roberto Cláudio e até um ex- integrante do PSDB, Carlos Dutra (PROS), comparecerem à solenidade realizada em uma das estações do metrô no Centro.
Retorno
A presidente encerrou sua visita ao Ceará no fim da tarde, após o almoço no Palácio da Abolição com a presença dos ministros que a acompanhavam, o ex-ministro Leônidas Cristino, Ciro Gomes, o vice-governador Domingos Filho e o deputado federal Domingos Neto, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e o presidente da Assembleia, deputado José Albuquerque.
Antes, a programação relacionava o almoço para apenas ela, o governador Cid Gomes e o ex-ministro Ciro Gomes. Por conta da quantidade de pessoas participantes da mesa, as conversas sobre política ficaram para a próxima viagem de Cid e Ciro a Brasília, proximamente.
O evento no Centro de Fortaleza, no fim da manhã de ontem, onde a presidente, em mais uma oportunidade, trocou o nome do prefeito Roberto Cláudio por Antônio Cláudio, gerando um certo constrangimento momentâneo, também chamou a atenção para os riscos apontados pela oposição, no Ceará, de que essas solenidades realizadas para o anúncio de investimentos podem ser transformadas em palco para a pré-campanha eleitoral. Em um dos momentos do discurso do governador Cid Gomes, por exemplo, ele assegurou a Dilma Rousseff que, diante de todos os investimentos, o povo cearense sempre irá dar apoio à presidente. "É por essa atenção ao Ceará que o povo cearense sempre lhe dará apoio e carinho", garantiu o governador.
Esforços
Da comitiva oficial da presidente, incluindo os três senadores: Eunício Oliveira (PMDB), Inácio Arruda (PCdoB) e José Pimentel (PT), quase todos evitaram comentar sobre consequências políticas e eleitorais da visita. Os que se dispuseram a falar rebateram as críticas feitas pela oposição, apesar de reconhecerem que a nova visita da presidente simboliza uma atenção especial que o Governo Federal dá ao Ceará, devido aos esforços do governador Cid Gomes em permanecer na base de apoio dela para as eleições do próximo ano.
O deputado federal André Figueiredo (PDT) destacou que essa preocupação de que o evento poderia ter assumido um caráter eleitoral é desnecessária na medida em que os investimentos anunciados são, segundo ele, importantes para o futuro do Ceará. "Acho que, quando uma presidente vem ao Estado, é uma demonstração clara que ela quer trabalhar e, quando se traz investimentos, todas visitas são importantes para o Estado independentemente de ter caráter eleitoral ou não", avaliou.
O deputado estadual Dedé Teixeira (PT) classificou esses questionamentos da oposição como naturais, mas acredita que a presidente Dilma Rousseff não pode deixar de trabalhar por causa dos riscos de que determinadas ações dela repercutam nas eleições de 2014.
"Num processo de política eleitoral, é natural que a presidente candidato à reeleição seja questionado por isso, pois qualquer iniciativa dela vai repercutir em 2014. Agora, essas obras de mobilidade urbana anunciadas são fundamentais para o futuro dessa cidade. Por mais que a oposição chore, é verdade também que a presidente tem que governar", alegou Dedé.
O líder do prefeito Roberto Cláudio na Câmara Municipal, Evaldo Lima (PCdoB), enfatizou que outros pré-candidatos à Presidência da República também realizam trabalhos políticos de visitação a outros estados, mas ninguém questiona essas ações. "Acredito que os nomes da oposição mais claramente colocados como candidatos à presidência da República, como Aécio Neves e Eduardo Campos, fazem seu trabalho político de visitação a estados e isso não é levado em pauta", comparou o vereador.
Investimentos
Apesar de todos rechaçarem influências das eleições de 2014 durante o evento, Evaldo Lima foi um dos que considerou a visita da presidente como consolidação de um arco de alianças importante para o pleito do próximo ano. Ele negou, porém, que isso significa o início da pré-campanha.
"Acredito que a presidente estabeleceu o Ceará como prioridade nacional de investimentos. A presença da Dilma consolida um arco de alianças que a gente está tentando construir. A presidente cumpre uma liturgia de trabalho e, simultaneamente, a gente não pode esquece que ela também é uma articuladora política. Não acredito que exista nenhuma contradição", defendeu.
O deputado federal Mauro Benevides (PMDB) também pontuou que a visita da presidente não tem cunho eleitoral. Para ele, a visita dela é uma resposta a toda movimentação feita por Cid Gomes para apoiar sua reeleição. "A presença da presidente significa uma resposta às manifestações sucessivas de apoio do governador Cid Gomes à possível candidatura dela em 2014", lembrou. O vereador Carlos Dutra (PROS), que saiu recentemente do PSDB, também descartou qualquer influência eleitoral ao dizer que a visita da presidente tinha o objetivo de trazer benefícios para Fortaleza.
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