Corinthians desbanca Santos, de Neymar e Ganso, e faz final da Libertadores
Empate por 1 a 1, com gol de Danilo, classifica o time do Parque São Jorge para a primeira decisão do torneio na história do clube
20 de junho de 2012 | 20h 30
Luiz Antônio Prósperi/Crônica - estadão.com.br
SÃO PAULO -Acabou a agonia de 102 anos. O Corinthians, pragmático como nunca, conseguiu enfim chegar à tão sonhada final da Copa Libertadores. Mandou de volta para o espaço os fantasmas de tantas noites trágicas. Nem foi necessário recorrer à tradição de raça, garra e sofrimento. Jogou na mesma toada que mostrou desde o início da competição e saiu do Pacaembu com o empate em 1 a 1 contra o então poderoso Santos. E agora pode fazer história.
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No primeiro tempo, o Corinthians pagou pelo pecado de ficar muito atrás à espera de um erro do Santos para dar o bote. Sem a postura agressiva de marcar a saída de bola do adversário, o time de Tite deixou de ser protagonista. Não fez valer a sua fortaleza com mais de 35 mil guardiães a empurrar os jogadores com cânticos de amor ao clube.
O Santos, obrigado a vencer para reverter o resultado da semana passada na Vila, também não agrediu. Trocou passes com certa indolência, ainda em seu campo, obedecendo à cadência irritante de Ganso. Não havia a menor pressa para buscar o gol. Até porque, não é uma novidade, Neymar poderia aparecer.
O Santos, obrigado a vencer para reverter o resultado da semana passada na Vila, também não agrediu. Trocou passes com certa indolência, ainda em seu campo, obedecendo à cadência irritante de Ganso. Não havia a menor pressa para buscar o gol. Até porque, não é uma novidade, Neymar poderia aparecer.
Escondido entre Paulinho e Jorge Henrique, o craque quase não participava do jogo. Não tinha com quem combinar as jogadas de ataque. Borges estava com um poste entre os zagueiros e Alan Kardec, aberto na ponta-direita, não andava.
Sem Neymar aceso e o Corinthians muito apático, longe daquele time contundente de outras jornadas na Libertadores, o clássico se arrastava sem grandes emoções. De repente, como uma faísca na escuridão, Neymar pegou uma bola na intermediária, acionou Kardec na direita. O grandalhão cruzou rasteiro, Borges deu um carrinho na bola, ela, caprichosa, bateu no pé da trave e sobrou para quem? Ele, o iluminado. Neymar só encostou para o gol. Santos 1 a 0, aos 35.
A resposta da Fiel foi imediata. O Corinthians tinha de jogar no pulso da arquibancada. O problema é que não havia muitas opções. As peças continuavam na mesma posição no tabuleiro. Ninguém improvisava.
Então Tite resolveu radicalizar. Voltou do intervalo com Liedson no lugar de Willian. Jorge Henrique ficou aberto na direita, Liedson centralizado e Danilo na esquerda. Na primeira bola que pegou, Liedson sofreu falta. Alex levantou na área, Durval falhou e sobrou para Danilo, com a serenidade de um monge, fazer o gol de empate, aos 2.
O gol fez o Corinthians adiantar a marcação empurrando o Santos para atrás. Agonizando a cada minuto, o time de Muricy não encontrava um jeito de sair para o ataque. Neymar continuava escondido e Ganso vestindo a camisa da omissão. Nas arquibancadas, cada cinco minutos eram contados como uma eternidade. Lá no campo, mesmo com a obrigação de lutar por um gol redentor, o time santista não reagia. Quando o relógio apontou 40 minutos, o Pacaembu foi coberto pelo manto da emoção. A contagem regressiva começou com o coração na boca e só acabou ao apito final de Vuaden. Agora é aguardar o vencedor de Universidad do Chile e Boca para fazer história.
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