As microempresas com até quatro empregados foram responsáveis pela criação do maior número de empregos com carteira assinada no Brasil, durante o primeiro semestre deste ano. Do total de 858 mil novas vagas, 646 mil foram criadas em estabelecimentos com esse número de trabalhadores. Os dados foram apontados pelo SEBRAE a partir da base de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.
O recorte realizado pelo SEBRAE informa que as micro e pequenas empresas (MPE) com até 99 funcionários criaram 654 mil novas vagas. O Ceará contribuiu com a geração de 12.849 vagas com carteira assinada. Os nove estados do Nordeste criaram 87.509 empregos formais em micro e pequenas empresas.
Em termos setoriais, as MPEs apresentaram expansão do emprego generalizada, com todos os setores apresentando aumento do número de trabalhadores nos seis primeiros meses do ano. Em números absolutos, o setor de serviços apresentou o maior crescimento, com a criação de 297.793 novos empregos no Brasil. Na sequência veio a construção civil, com 119.398 vagas.
Para o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT), o estudo confirma a importância das micro e pequenas empresas para o país, especialmente em momentos de crise. “Com a adoção do Simples Nacional e o fortalecimento do mercado interno, as micro e pequenas empresas se tornaram campeãs na geração de empregos no Brasil, compensando a queda do número de vagas nas empresas de médio e grande porte, diretamente afetadas pelos reflexos da crise econômica mundial”, destacou, lembrando que o mesmo ocorreu em 2008.
CEARÁ E NORDESTE
Os dados do Nordeste apontam que, além do Ceará, as micro e pequenas empresas da Bahia e Pernambuco tiveram um bom desempenho na criação de novos empregos. Esses estados criaram, respectivamente, 18.425 e 16.095 novos postos de trabalho. Nos demais estados nordestinos, as novas vagas somaram 6.506 na Paraíba; 5.793 em Sergipe; 5.513 no Piauí; 5.129 no Maranhão; e 5.074 no Rio Grande do Norte.
As MPEs do estado de Alagoas apresentaram resultado menor na geração de empregos no nordeste. No primeiro semestre, criaram 2.125 novos empregos, enquanto o número de postos de trabalho fechados nas médias e grandes empresas foi de 41.866. Segundo o estudo do SEBRAE, motivos sazonais foram responsáveis pelo desempenho, especialmente aqueles relacionados às atividades sucroalcooleiras.
(Com Agências)
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