Comissão foi anunciada em meio às críticas de organizações de
direitos humanos e da ONU em relação à atuação da Igreja sobre abusos
sexuais cometidos por padres
Reuters
Collins é uma das principais ativistas contra o abuso sexual cometido por padres no mundo. Outro membro conhecido é o arcebispo de Boston, cardeal Sean Patrick O'Malley, um dos pioneiros no combate aos casos de pedofilia na Igreja Católica. Em 2011, ele divulgou documentos que mostraram como sua arquidiocese encobriu o abuso sexual cometido por padres. O outro religioso é o padre argentino Humberto Miguel Yáñez, amigo do papa Francisco.
Em comunicado, Federico Lombardi disse que a proteção das crianças é uma das prioridades da Igreja Católica e do pontífice. "Olhando para o futuro, mas sem esquecer o passado, a comissão terá a tarefa de promover a proteção dos mais jovens". Segundo ele, isso inclui processos contra os abusadores, uma campanha sobre a exploração sexual infantil e a definição dos deveres civis e clericais da Igreja Católica em relação à pedofilia.
A comissão foi anunciada em meio às críticas de organizações de direitos humanos e da ONU em relação à atuação da Igreja sobre abusos sexuais cometidos por padres. Para os ativistas, a instituição encobriu os crimes. Em janeiro, o Vaticano disse à Comissão de Direitos da Criança da ONU que expulsou mais de 400 padres acusados de pedofilia. Semanas depois, o órgão das Nações Unidas divulgou um relatório pedindo que os religiosos fossem levados à Justiça.
Cerimônica lembrou mortos pela máfia italiana
Em cerimônia para lembrar os mortos pela Máfia na Itália, realizada anteontem, o papa Francisco fez um apelo aos mafiosos para que mudem seu caráter, ou "vão parar no inferno". "Vocês têm o poder e o dinheiro vindo de muitos negócios sujos e muitos crimes. É um dinheiro sangrento e um poder sangrento e vocês não poderão levar isso consigo quando morrerem", disse.
"Homens e mulheres da Máfia, por favor, mudem suas vidas. Deixem o mal, ainda há tempo de fugir do inferno. Isso é o que lhes espera se seguem nesse caminho." As frases lembram o apelo incisivo feito por João Paulo 2º em 1993. Na ocasião, ele pediu aos mafiosos que se arrependessem ou iam enfrentar "o julgamento dos céus".
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