sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Em defesa de Caiado, entidades chamam Marina de preconceituosa e intolerante

Entidades que representam o agronegócio saíram em defesa do líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), nesta sexta-feira (11) e acusaram a ex-senadora Marina Silva de ser preconceituosa com o setor.
Recém-filiada ao PSB, Marina Silva apontou o líder ruralista como inimigo histórico e inviabilizou sua participação na coligação da Rede com o governador Eduardo Campos, pré-candidato ao Planalto em 2014. Um dos principais articuladores da reforma do Código Florestal, Caiado é considerado por Marina como um dos políticos impossíveis de buscar aproximação. Em entrevista à Folha, o líder do DEM afirmou que se considera a primeira vítima da união.
A Sociedade Rural Brasileira, em nota, afirmou que "não entende a intolerância e hostilidade da ex-ministra com os produtores rurais e seus representantes políticos legítima e democraticamente eleitos".
O texto disse ainda que "discriminar o mais moderno setor da economia brasileira, responsável por 1/3 do Produto Interno Bruto, 37% dos empregos, e pelo superávit de US$ 80 bilhões na balança comercial, não condiz com a postura que se exige de alguém que pleiteia ocupar o mais alto cargo da República".
A Federação dos Plantadores de Cana do Brasil declarou que "entristece declarações sem motivos contra o agronegócio".
A Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura afirmou que Marina foi além do ataque pessoal a Caiado e atingiu todos os homens e mulheres do campo. "É com muita indignação que assistimos a esse episódio de preconceito e rancor destilado contra o setor produtivo. Marina criou uma hostilidade gratuita a todos os segmentos do agronegócio. O país não pode caminhar para trás e nem ficar refém de políticos despreparados".
Na avaliação da Associação dos Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida de Goiás, a ex-senadora foi "preconceituosa e agressiva" com o deputado. "Estamos do lado dele, como ele sempre esteve ao nosso lado lutando pelo fortalecimento da área rural do Brasil", afirmou a entidade em nota.
A Organização das Cooperativas Brasileiras disse que "independentemente da filiação política, do Estado ou de ideologias pessoais, somos uma instituição que respeita o diálogo e as divergências de opinião".
As notas das entidades do agronegócio tratam Caiado como "um dos nossos" e enaltecem sua trajetória política.
Marina se filiou ao PSB no último sábado e não descarta compor chapa com Campos na disputa para a vice-presidência. Em entrevista à Folha, Marina disse que ela e Caiado são tão coerentes que se a sua aliança prosperar com o PSB, "ele mesmo vai pedir para sair, se é que não está pedindo".
Marina também disse que as divergências com o PSB não devem impedir a aliança nacional, mas se mostrou incomodada com eventual aliança entre o PSB de Goiás e Caiado. Apesar do veto ao líder do DEM, a Rede teria acertado fazer vistas grossas a outros recém-aliados do PSB que seriam incômodos como a família Bornhausen, em Santa Catarina, e o ex-senador Heráclito Fortes, no Piauí.

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