O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou, nessa quinta-feira (20), que, apesar de as manifestações que estão ocorrendo no Brasil não terem um alvo específico, elas têm pautas e propostas concretas, entre elas a exigência de investimentos em transporte, saúde e educação de qualidade e no combate à violência.
- Temos muito por fazer e por isso esse movimento é correto e é justo – disse o senador, acrecentando que o Palácio do Planalto tem que ouvir o que Ulysses Guimarães chamava de “a voz rouca das ruas”.
Paim afirmou que nem em momentos históricos como na luta contra a ditadura militar e durante o movimento Diretas Já, pelo restabelecimento das eleições diretas para a Presidência da República, houve um número tão grande de jovens protestando. Ele disse que cerca de 2 milhões de pessoas saíram as ruas nessa quinta-feira a favor de ideias e causas e cabe ao Congresso Nacional refletir sobre esse momento.
- Eu não consigo acreditar que só botar na linha de frente a reforma política consiga mexer com o povo brasileiro. Reforma política não movimenta a massa até pelo desgaste em que estão os partidos políticos – disse.
Paim disse que a população que está nas ruas quer resultados práticos. O senador defendeu avanços nas políticas para aposentados e pensionistas, o fim do voto secreto em todas as situações no Congresso e pediu a rejeição da PEC 37/2011, que retira poderes de investigação do Ministério Público.
Em aparte, os senadores Pedro Taques (PDT-MT), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) pediram manifestações pacíficas e condenaram a violência e a depredação nas ruas. Taques criticou a baderna causada por alguns manifestantes e apontou que certos atos precisam ser punidos, entre eles, a quebra de vidros no Itamaraty.
- Quando a casa do povo, para ter um grupo pequeno de senadores reunidos aqui, porque simpatizam com a luta deles lá fora, precisa estar protegida pela polícia, algo está profundamente errado – lamentou.
(Agência Senado)
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