Jornais e canais de televisão internacionais destacaram nesta sexta-feira o crescimento dos protestos no Brasil. O número de manifestantes e a mudança do rumo dos atos, que saíram das tarifas de transporte e passaram a outras demandas.
Com destaque na primeira página, o jornal americano "The New York Times" afirma que há semelhanças entre os protestos brasileiros e outras manifestações contra os governos e a corrupção no mundo, como o Occupy Wall Street e outros atos na Índia, em Israel e na Grécia.
A rede de televisão americana CNN destacou que os protestos continuam no país, com o questionamento dos gastos para a Copa e a crítica à corrupção.
O canal também publicou em sua página uma análise do editor-executivo da "Época", Rogério Simões, dizendo que o aumento da tarifa foi o estopim para uma revolta maior contra promessas que não foram cumpridas pelo governo.
O britânico "Guardian" destacou a reunião de emergência convocada pela presidente Dilma Rousseff nesta sexta para discutir o efeito dos protestos. E também fez referências às declarações do presidente da Fifa, Joseph Blatter, em que pediu aos brasileiros que não associem os protestos ao futebol.
A vigilância das redes sociais pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) foi um dos destaques do espanhol "El País". Na reportagem, a publicação também informou sobre a preocupação do PT e do governo com a falta de controle das manifestações.
Para o argentino "La Nación", "a festa no Brasil se transformou em um pesadelo", em referência à Copa das Confederações e aos protestos. O "Clarín" e o chileno "La Tercera" destacaram os números das manifestações, de mais de um milhão de pessoas em dezenas de cidades do país.
A rede de televisão Telesur, sediada em Caracas, destacou informações de grupos políticos de esquerda que acusam agremiações de direita de quererem usar os protestos para um golpe de Estado.
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