Um paulista da cidade de Diadema foi preso, na noite de ontem, como suspeito de integrar uma facção criminosa de São Paulo que estaria montando base em Fortaleza e foi a responsável pela ordem de ataque contra viaturas, quartéis e delegacias das polícias Civil e Militar no fim de semana.
O suspeito, identificado como Luís Fabiano Ribeiro Brito, foi capturado por policiais do Batalhão de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio), logo após bandidos terem atirado contra o quartel da 3ª Companhia do 6º BPM, no bairro Montese. O homem estava a bordo de um veículo importado, de luxo, com placa de São Paulo. Dentro do carro, os policiais encontraram cápsulas de pistola de calibre 380.
A perseguição policial que culminou na prisão do suspeito ocorreu cerca de três horas após iniciada uma série de ataques contra base das duas Polícias, em Fortaleza, além de um atentado contra um guarda municipal no Eusébio.
Luiz Fabiano foi levado para o plantão do 5º DP e, ainda na noite passada, transferido para a carceragem da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), onde está sendo interrogado acerca dos ataques contra policiais em Fortaleza.
As buscas aos responsáveis pelos atentados começaram ainda no início da noite do domingo, depois que criminosos incendiaram uma viatura da Delegacia de Capturas (Decap), que estava parada no pátio do 8º DP (José Walter). Logo em seguida, houve o caso dos tiros disparados na frente da companhia da PM, no Montese.
Mortes e atentados
O clima de insegurança e temor em Fortaleza se acirrou desde a noite da última quarta-feira (11) quando um policial militar, o soldado PM Valtembergue Chaves Serpa, foi morto ao reagir a um assalto no bairro Lagoa Redonda, na Grande Messejana. Nas horas seguintes, ocorreu uma chacina nos bairros próximos, Curió e São Miguel, que deixou 11 pessoas mortas, todas executadas sumariamente a tiros. No último sábado, outro PM acabou morto por assaltantes que tentaram roubar o dinheiro de uma agência lotérica localizada na Avenida Lineu Machado, no bairro João XXIII. Tratava-se do cabo PM José Marques Ferreira.
Desde então, a Polícia iniciou uma caçada aos assassinos dos militares. Ao mesmo tempo, bandidos passaram a fazer publicamente, através de redes sociais, ameaças de morte a integrantes da Segurança Pública, culminando nos atentados de domingo à noite.
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