A presidente Dilma Rousseff compareceu na noite desta quinta-feira (7) ao velório do presidente Hugo Chávez, na Academia Militar de Caracas. Acompanhada do ex-presidente Lula e do governador da Bahia, Jaques Wagner, Dilma ficou alguns minutos diante do caixão, de braços dados com a filha de Chávez, Rosa Virginia.
Ao contrário do que se esperava, Dilma deve retornar ainda nesta madrugada ao Brasil. Inicialmente a presidente ficaria na Venezuela para acompanhar a cerimônia fúnebre de Chávez, que está marcada para ocorrer às 11h (12h30 de Brasília) desta sexta.
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Ontem, o vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou que o corpo de Chávez será embalsamado e permanecerá em exposição, em uma urna de vidro, por mais sete dias.
A comitiva brasileira chegou a Caracas de forma discreta ontem, às 15:58 (horário de Brasília). Além de Lula e Wagner, deputados e lideranças de esquerda pegaram carona na comitiva presidencial.
Em uma aeronave de apoio, embarcaram o ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores), o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e cinco deputados federais petistas --Irini Lopes (PT-ES), José Guimarães, líder do PT na Câmara, Josias Gomes (PT-BA), Perpétua Almeida (PCdoB-AC), Valmir Assunção (PT-BA). Todos viajam a convite da Presidência.
Venezuela vela Chávez
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O ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff prestam as últimas homenagens a Hugo Chávez, em Caracas Veja especial
VELÓRIO
Desde a manhã desta quinta, milhares de pessoas enfrentam filas quilométricas, com duração de até dez horas, para poder ver o corpo do mandatário por alguns segundos.
Os restos mortais do presidente chegaram à capela da Academia Militar na noite de quarta (6) e, desde então, formaram-se longas filas de aliados para se despedir do mandatário, muitos deles de vermelho (cor símbolo do chavismo) ou com fotos e bonecos de Chávez.
A Venezuela decretou luto oficial de sete dias. Outros 11 países também determinaram luto, que variou de um a sete dias --Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Cuba, Equador, Haiti, Irã, Nicarágua, República Dominicana e Uruguai.
CORPO
Segundo pessoas que passaram pelo caixão, o corpo de Chávez foi vestido com um terno verde-oliva, cor de sua farda, e gravata preta, além da clássica boina vermelha que o acompanha desde quando era militar. Os visitantes dizem que o rosto dele tem expressão serena.
Os seguidores dizem que é possível ver metade do corpo pelo vidro, sendo que a bandeira venezuelana cobre o resto. Além da roupa, foi colocada uma faixa vermelha escrito "Milícia", em referência ao grupo de 120 mil civis que ele formou para o golpe de 1992.
MORTE
O chefe da guarda presidencial, general José Ornella, disse à agência de notícias Associated Press que Chávez pediu que não o deixassem morrer, horas antes de não resistir a um infarto. O infarto teria decorrido de complicações causadas pelo câncer na região pélvica, que o deixou internado por três meses antes de morrer, na tarde de terça (5).
Ele disse que o último pedido do dirigente foi feito apenas com os lábios, porque não podia falar.
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