"O ideal seria que todas as crianças e adolescentes pudessem passar por um processo educacional prolongado para, só então, saírem para o mercado de trabalho. Enquanto isso não acontece, vamos ficar atentos à legislação e dar condições a esses jovens de trabalhar e estudar" afirmou o secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social do Ceará, Josbertini Clementino, na manhã desta terça-feira (22), em Baturité.
Ele abriu a Oficina Regionalizada das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (AEPETI), no IFCE Campus Baturité. Participaram da cerimônia de abertura, o prefeito de Baturité, Assis Arruda, Marcos Antonio da Silva, secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social de Baturité, a vereadora Roziane Cardoso e Mônica Gondim, coordenadora da célula de Proteção Básica da STDS.
"O exemplo é o Programa Pequeno Aprendiz para jovens a partir dos 14 anos" ressaltou ele. Para Josbertini, esse é o desafio dos profissionais da Assistência Social: atuar junto às crianças e adolescentes que nem estudando estão ainda e inseri-los nesta quadro.
"Eles estão presentes em todos os setores da economia. Não somos contra esses jovens trabalharem, mas há uma lista com mais de 100 atividades que são inviáveis para eles, muitos submetidos a condições insalubres, carregando peso e sofrendo humilhações" afirmou.
O prefeito de Baturité, Assis Arruda, anfitrião da Oficina, destacou a importância da discussão do tema. "Trata do que temos de mais valioso: o futuro dos adolescentes e das crianças. A expectativa do que pode ser definido nas discussões é grande e temos a esperança de poder aplicar logo" .
O evento reúne até o fim da tarde secretários municipais de Assistência Social, de Saúde e de Educação; técnicos dos CREAS e CRAS; coordenadores das AEPETI; membros dos Conselhos Tutelares; e sociedade civil. Compareceram ao encontro representantes das cidades de
Aracoiaba, Beberibe, Fortaleza, Maracanaú, Maranguape, Pacajus, Pacatuba, Cascavel, Canindé, Baturité e Caucaia.
O objetivo é monitorar as ações desenvolvidas pelos municípios da região, e fortalecer a prevenção e a erradicação do trabalho infantil.
O Ceará saiu da 20º para a 24º posição no ranking dos estados com maior incidência de casos de exploração do trabalho infantil. A redução no Estado, de 2014 para 2015, do número de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil foi de 49%, pulando de 144.637 para 73.895.
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