Com um duro pronunciamento na tribuna, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou, na tarde desta quarta-feira (28/6), que deixa a liderança do partido no Senado por causa das divergências com o governo. “Sempre disse que jamais líder de papel e nem estou disposto a liderar o PMDB atuando contra trabalhadores e aposentados dos estados mais pobres da Federação. Estou me libertando de uma âncora pesada e injusta”,comentou.
“Permanecer na função significaria ceder às exigências de um governo que trata o partido como um departamento do poder Executivo e que optou por massacrar trabalhadores e aposentados desviando-se do próprio programa partidário”, disse o peemedebista, que, a partir de agora, terá postura independente, segundo ele.
O correligionário do presidente usou a tribuna para, mais uma vez, atacá-lo e dizer que quem está no comando do país é o deputado cassado Eduardo Cunha, preso em Curitiba desde o ano passado. “Como mudar o pensamento de um governo comandado por Eduardo Cunha?”, questionou.
Com postura oposta às reformas apresentadas pelo presidente Michel Temer desde o começo do ano, Calheiros vem sendo um entrave para o governo no Senado, já que tem forte poder de influência sobre colegas de partido. A saída de Renan da liderança vem sendo negociada há meses e, para o Planalto, a gota d’água foi a rejeição da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais na semana passada.
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