Com UOL/Folha de São Paulo- A presidente Dilma Rousseff está reunida nesta terça-feira (3) com a presidente da Petrobras, Graça Foster. A reunião ocorre no Palácio do Planalto.
Na última sexta-feira, as duas já haviam conversado. Mais uma vez, Graça colocou o cargo à disposição. Desta vez, Dilma concordou em substituí-la e Graça já havia sido informada da troca, conforme antecipou a Folha na manhã desta terça, mas afirmou que precisava de um nome substituto.
Até agora, porém, o governo não encontrou um sucessor que se disponha a assumir a estatal em meio ao escândalo de corrupção e assinar o balanço da empresa referente ao terceiro trimestre de 2014.
De acordo com a coluna Painel desta terça, Dilma deflagrou no fim da semana passada o processo de seleção. O ministro Joaquim Levy (Fazenda) esteve pessoalmente em São Paulo, nesta segunda (2), sondando nomes para ocupar o posto.
A revelação da decisão de Dilma na manhã desta terça irritou a presidente, que determinou silêncio sobre o assunto no Planalto. A quem liga em busca de confirmação da informação, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência diz que Graça não foi informada e que não está decidida sua saída.
A presidente vinha segurando a presença da amiga na chefia da Petrobras, mas pesou para a decisão de Dilma a divulgação na semana passada de que chegou a ser aventado que a Petrobras deveria baixar seus ativos em R$ 88 bilhões devido a corrupção e ineficiência no planejamento e execução de projetos.
Dilma considerou o número, que acabou fora do balanço não auditado do terceiro trimestre da Petrobras, descabido e sua mera divulgação, um tiro no pé da diretoria da estatal. A maior empresa brasileira perdeu quase 3/4 de seu valor de mercado nos últimos anos devido à política de investimentos inflada e os sucessivos casos de corrupção em apuração no âmbito da Operação Lava Jato.
A presidente também está preocupada pessoalmente com Graça, que sempre foi de sua confiança desde que presidia o Conselho da Petrobras como ministra no governo Lula. Os relatos são de que a executiva está sob forte pressão emocional devido ao caso.
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