terça-feira, 22 de abril de 2014

COMISSÃO DA VERDADE CONCLUI QUE JK MORREU VÍTIMA DE ACIDENTE

jk
“A Comissão Nacional da Verdade (CNV) concluiu em relatório preliminar apresentado hoje (22), em Brasília, que a morte do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek e seu motorista, Geraldo Ribeiro, foi decorrente do acidente automobilístico sofrido na Rodovia Presidente Dutra, em agosto de 1976. A conclusão contraria a tese de homicídio defendida em dezembro pela Comissão Municipal da Verdade de São Paulo.
Pedro Dallari, coodenador da Comissão Nacional da Verdade divulga o relatório parcial de pesquisa do caso Juscelino Kubitschek (Valter Campanato/Agência Brasil)
Pedro Dallari disse que a CNV não foi convencida pelas conclusões da Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, que aponta para o assassinato de JKValter Campanato/Agência Brasil
“Não há documentos, laudos e fotografias trazidos para a presente análise, qualquer elemento material que, sequer, sugira que o ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira e Geraldo Ribeiro tenham sido assassinados, vítimas de homicídio doloso”, de acordo com trecho do relatório da comissão. Peritos criminais da Comissão Nacional da Verdade trabalharam com provas materiais do acidente, pesquisas documentais, diligências e perícias.
A investigação da comissão avaliou, inclusive, o fragmento metálico encontrado na cabeça de Geraldo Ribeiro em exumação feita em 1996. Tal evidência levantou suspeitas de que o motorista havia sido assassinado com um tiro na cabeça. Porém, após análise desse fragmento e do próprio crânio, os peritos concluíram que se tratava de um cravo metálico usado para fixar o revestimento do caixão.
A análise da própria peça de ferro encontrada na ossada convenceu os peritos de que Geraldo não havia sido baleado. “Não dá para confundir a peça de ferro encontrada no crânio com um projétil”, disse o perito criminal Pedro Cunha. O acidente do qual JK e seu motorista foram vítimas também foi analisado por meio de documentos periciais da época. O comportamento do motorista durante o acidente, quando o veículo em que viajavam foi tocado por um ônibus e, já em pista contrária, atingido por um caminhão, provou, conforme o relatório da CNV, que não há indícios de homicídio doloso.”
(Agência Brasil)

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